Qualidade, agilidade e segurança no atendimento em situações críticas

Atendimento , agilidade e segurança em situações críticas

As unidades de urgência e emergência, sejam da rede pública ou da iniciativa privada, possuem épocas desafiadoras no que diz respeito a  administração da sobrecarga de pacientes que procuram atendimento o que dificulta a agilidade e qualidade de atendimento. Em tempos de surtos epidêmicos, ou no nosso caso agora, pandêmicos , centenas de pessoas comparecem aos pronto-socorro – mas, muitas vezes, não é nem necessário o aparecimento de uma epidemia para que as portas das unidades fiquem abarrotadas de pacientes.

Classificação de Risco qualidade e agilidade no atendimento

Com o intuito de desafogar essa grande demanda dos serviços da unidade e otimizar o atendimento, o sistema de classificação de risco é uma ferramenta importante para garantir a qualidade e a segurança dos serviços.  A classificação é feita com base na análise dos sintomas dos pacientes, e determina qual a prioridade de atendimento de acordo com o grau de sofrimento e gravidade apresentado.

Esse processo é feito com base em protocolos clínicos de padrão internacional que guiam o profissional na hora de determinar o nível de urgência de cada paciente e, atualmente, é de uso obrigatório no Brasil. O Protocolo de Manchester, utilizado como referência, é um método bastante comum nas unidades de pronto-atendimento. É um sistema cientificamente comprovado, testado e em utilização na Europa há cerca de 20 anos. Após a primeira análise clinica, o paciente é identificado por uma pulseira, cuja cor corresponde a um determinado ní­vel de urgência. A classificação estabelece, inclusive, qual o tempo de espera máximo para cada nível de paciente.

O protocolo leva esse nome porque foi implantado pela primeira vez em Manchester, na Inglaterra, em 1997. No Brasil, as primeiras unidades de urgência e emergência começaram a utilizá-lo em meados de 2008.

Vantagens

A utilização de um sistema padronizado para a classificação de risco em unidades de urgência e emergência é benéfica em diversas instâncias. Primeiro porque agiliza o atendimento nas portas dos pronto-socorro, já que a triagem pode ser feita mais rapidamente se for utilizado um padrão para analisar cada paciente. Além disso, a implantação desse método tende a corrigir algumas falhas de comunicação ou distorções existentes nas unidades de saúde – o uso de uma nomenclatura padrão para atendimento pode ajudar o profissional ao qual o paciente será encaminhado, de modo que este compreenderá precisamente os sintomas e a gravidade de cada caso.

Quando o assunto é saúde, tempo é um elemento que não se pode negligenciar – uma diferença de minutos no atendimento pode salvar uma vida. Nesse sentido, o sistema de triagem de risco baseado em um protocolo é, de fato, uma solução eficaz e até necessária para situações em que a unidade de saúde está superlotada.

Outros benefícios ainda podem ser percebidos. Como o Protocolo de Manchester pressupõe uma organização precisa e adequada de prioridades de atendimento, é possível que um paciente classificado como pouco urgente possa ser encaminhado a  outra unidade de saúde menos movimentada, por exemplo.

Conclusão

Por fim, a implantação do sistema padronizado de triagem de risco é capaz de diminuir, inclusive, o risco clinico no pronto-socorro. Desse modo, é possí­vel que seja poupado o uso de recursos de emergência de maneira desnecessária em pacientes que têm a possibilidade de esperar pelo atendimento por alguns minutos.

A instituição de saúde garante, portanto, que o padrão no atendimento se mantenha – seja qual for o horário, o dia da semana ou o profissional responsável pelo plantão.

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