Tecnologia vai agilizar atendimento no Complexo

Fachada do Prédio Irmã Dulce

Para se preparar para um movimento maior no Complexo de Saúde Irmã Dulce, na temporada, uma tecnologia de triagem única no mundo deverá ser implantada nas três unidades mantidas pela Fundação do ABC (FuABC), em Praia Grande. O equipamento, denominado Trius One, integra medidores clínicos para a correta e mais rápida classificação de risco, definindo a prioridade de atendimento médico. A iniciativa também vai otimizar o serviço, monitorando o tempo de atendimento e gestão simultânea da rede integrada de urgência e emergência.

A metodologia de classificação de risco, já implementado no Irmã Dulce desde 2012, define as prioridades clinicas nos serviços imediatos de saúde e já vinha sendo feita seguindo as recomendações do chamado Protocolo de Manchester. O sistema foi criado por pesquisadores em 1994, na Inglaterra, sendo rapidamente difundido e implantado em diversas unidades de saúde do Reino Unido, atingindo vários paí­ses europeus em poucos anos.

De acordo com o gerente de projetos da empresa mineira ToLife, Pablo Garcia Arantes, o Trius One foi desenvolvido baseado no Protocolo de Manchester, que objetiva estabelecer consenso entre médicos e enfermeiros para padronização da classificação de risco. “Nossa solução veio para garantir, principalmente, segurança e eficiência no processo de classificação de risco tanto para o paciente como para o profissional de saúde, por meio da tecnologia de informação”, disse.

Atualmente, o atendimento funciona da seguinte forma: logo na entrada, o paciente é avaliado de acordo com sua queixa, sintomas, sinais vitais, entre outros fatores, sendo, então, identificado com pulseiras de cores correspondentes ao grau de risco de seu atendimento. Aos pacientes com patologias mais graves e risco alto é atribuída a cor vermelha; casos muito urgentes recebem a cor laranja. A cor amarela é entregue aos casos urgentes e as cores verde e azul representam casos de menor gravidade, com possibilidade de aguardar por mais tempo.

Segundo o diretor de Enfermagem do Complexo de Saúde, Adilson Teixeira, o equipamento tem inúmeras vantagens em relação ao padrão atual. A visualização da quantidade de pacientes atendidos por perfil clinico, mensuração de picos de atendimento, sazonalidade e epidemias, além de informações em tempo real sobre produtividade, tendências e desvios de metas são alguns dos diferenciais. ” Haverá um benefício direto no fluxograma, privilegiando a gestão de cada paciente e do serviço como um todo”, ressaltou.

Com o emprego do sistema de tela touch screen, o aparelho também pode ser acessado remotamente por celular ou tablet, sem necessidade de conexão ativa a internet. A plataforma inclui ferramentas tecnológicas, que reduzem possibilidade de falhas e otimizam os custos operacionais utilizando hardware, software e equipamentos clínicos autorizados pela Anvisa. A previsão é que todo o serviço comece a funcionar dentro de até dois meses.

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